quinta-feira, 17 de novembro de 2011

( Sem título)


Dê-me, amigo, um cigarro !
Mata minha ânsia tenebrosa
Que só se esvai com a fumaça vaporosa
Tu não vês que devaneio ?

E como a névoa é meu suspiro
Que sobe ao céu como uma praga,
Que aos anjos embriaga
E a Deus causa delírio.

Lá vai ele suavemente... 
Toca meu lábio como um beijo.
Fonte de prazer e de desejo
É o trago de um cigarro !

Rego eu o febril vicio
Como num jardim as murchas flores,
Pois sou escravos dos sabores 
Que só encontro em meu cigarro.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Oxe Fernandez...Não sei se vc fuma, ou se apenas se inspirou para escrever, mas apesar da poesia ser linda se tu fuma larga esse troço!kkkkk! Faz mal demais..kkkk! Olha eu pagando a chata né!kkk!Desculpa!kkkk!
É que eu já fumei, mas graças a Deus parei faz bastante tempo!

Fico feliz de saber que tu independente da religião curte meu espaço..vindo de alguém que escreve tão bem como vc pra mim é um elogio! Obrigada pela presença!
Bjs, paz e bom final de semana!
http://artesanatoeideiasleka.blogspot.com/

Orquidea Marques disse...

adoro essa atmosfera nos poemas...

É belo dentre a cinza ver ardendo
Nas mãos do fumador um bom cigarro,
Sentir o fumo em névoas recendendo...

Do cachimbo alemão no louro barro
Ver a chama vermelha estremecendo
E até... perdoem... respirar-lhe o sarro!

Porém o que há mais doce nesta vida,
O que das mágoas desvanece o luto
E dá som a uma alma empobrecida,
Palavra d’honra, és tu, Ó meu charuto!

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