Tens a graça das flores abertas
Na aurora de um dia gentil,
Teu riso é o canto das águas despertas
Teus olhos, dois astros de abril.
Nos lábios, o néctar das vinhas,
Nos gestos, a dança do vento,
Teu toque é a brisa que aninha
As folhas num doce lamento.
Teus passos são leves, silvestres
Como a sombra que a relva afagou,
E a voz, de tão pura, parece
Ser a fonte que nunca secou.
Teus cabelos esvoaçam suaves,
Exalando um perfume em cena,
Como o doce frescor das tardes
Nos campos de açucena.
Se és sonho, é o sonho que embala
A terra em seu tempo de flor,
Se és vida, és a vida que exala
O aroma mais terno do amor.
quinta-feira, 6 de março de 2025
Para ele (II)
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2 comentários:
Que lindo, Fernandez! Ritmo e imagens bem ao estilo ultra romântico.
Obrigado, Davi. Um pouco enferrujado, mas sempre tentando melhorar.
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