sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Abismo


Só o eco dos meus gritos ouço
Na escuridão que me envolve a alma
Se tenho medo, a solidão me acalma
No degredo de um profundo poço.

Não maldigo minha negra sorte
Oh! Pouco serviu-me essa bandida
Esteve junto a mim no decorrer da vida
E há de abandonar-me na hora da morte!

Se das entranhas não me arranca o medo
De saltar do mais alto rochedo
De que me serve todo esse lirismo?

 Se maculei toda minha esperança
Talvez sonhe outra vez meus sonhos de criança
Na escuridão do mais profundo abismo.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Que riqueza e magnitude trazem tuas palavras...Me embebedo, me perco entre cada letra, cada sentir...Perfeito!

Abraços, poeta!

psrecuerdame.blogspot.com

Vampira Dea disse...

Arrancar o medo deve ser dificil mas trabalhamos ele aos poucos... Gostos muito de como constrói suas idéias. Beijão

Lou Albergaria disse...

Lindos Meninos, vocês voltaram!

Que maravilha!

Lindo poema , Fernandez!


SAUDADES, MUITAS SAUDADES!!!!

Beijo grande!!!

Davi Machado disse...

Oi F.

um soneto simples, mas digno!
o segundo terceto me chamou muito a atenção, ótimo!

é, tenho tido umas inspirações esquisitas, se der conversamos sobre os dois assuntos depois!

té mais!

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