Já não me pertence mais teu coração
Esta joia rara de incomum beleza
Nossos abraços se afrouxaram em lentidão
Desfazendo em mil pedaços minha grandeza.
Mas o meu coração sereno e humano
A ti pertence - este fado de humilde ternura
E embora minh’alma se dissolva em desengano
Tens-me eterno cativo de tua formosura.
Então vais tu buscar em outros braços novo abrigo
Alentar-se com novo amor tão necessário
Sendo o teu coração o meu jazigo.
Mas este é decerto o nosso fim-
O tempo da paixão findou-se em nada
E as asas a Solidão pousou em mim.
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