Eu
tinha oito anos e fui ao parque itinerante:
Quantas luzes para um garoto tão pobre!
E a roda-gigante girava em todo seu esplendor.
Eu não tinha um centavo – podre de mim – e só observava
As voltas que a roda dava – e para mim era o mundo
E suas voltas infinitas. Um sobe-e-desce infinito
De infinitas luzes e infinitas felicidades:
O rapaz beijava sua garota apaixonadamente,
A mãe segurava contente a mão do filho,
O pai comprava pipoca-doce às suas crias
E as risadas enchiam o ar à nossa volta.
“—A felicidade é muito frágil”, alguém me disse
Mas eu era então um sonhador (como qualquer criança)
Atraído pelas luzes feito mariposa
Mas isso agora já faz tanto tempo
E está enterrado na memória daquele garoto de oito anos
Quantas luzes para um garoto tão pobre!
E a roda-gigante girava em todo seu esplendor.
Eu não tinha um centavo – podre de mim – e só observava
As voltas que a roda dava – e para mim era o mundo
E suas voltas infinitas. Um sobe-e-desce infinito
De infinitas luzes e infinitas felicidades:
O rapaz beijava sua garota apaixonadamente,
A mãe segurava contente a mão do filho,
O pai comprava pipoca-doce às suas crias
E as risadas enchiam o ar à nossa volta.
“—A felicidade é muito frágil”, alguém me disse
Mas eu era então um sonhador (como qualquer criança)
Atraído pelas luzes feito mariposa
Mas isso agora já faz tanto tempo
E está enterrado na memória daquele garoto de oito anos
Hoje eu trago no bolso algum dinheiro –
Mas tenho medo de altura
E das voltas que o mundo dá.
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