Ouvi a voz do vento ao longe, aflito,
A romper a negra e fria madrugada
E dos corvos só ouvi a revoada
Subindo ao céu com um ensaiado grito
.
Posso sentir do outono o sossego
E o saudoso orvalho como um manto
São as lágrimas da lua em noturno pranto
Que a argila absorve para moldar meu aconchego.
É dia! o sol ergue-se por viventes exaltados.
É quando lembro-me que já não acordo
E permaneço no leito onde recordo
O outono em que meu Eu foi sepultado.
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Um comentário:
gostei, achei interessante o outono em teu poema, é minha estação preferida...
o tom mórbido e leve também deu um toque especial.
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