domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu, que era poesia


Eu,
que era a tinta no papel lançado ao fogo;
o poema de amor escrito na alvorada,
fui a métrica, o ritmo, a rima
e agora não sou nada.

Fui poesia em teus lábios;
da lira, tua canção sofrida.
Tive aplausos, e abraços, e sorrisos,
e agora, que me resta? - a despedida !

Deixe-me !
Quero ficar com minha decadência
- gastar com ela meus últimos dias.
Esquecer os momentos de dor
que quando eu chorava tu sorrias.

Ingrata ! te maldigo por toda a eternidade!
Somente tu - quem mais poderia
matar-me de tal forma?
Justo eu, que era poesia.

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5 comentários:

Jeff disse...

Meldels!
Tem meu total apreço, você tem o ritmo que ainda nem sonhei alcançar.
Parabéns e obrigado pela visita no blog.

Otário Tevez disse...

para alem de ser seguidor, coloquei este blog nos favoritos... ;)
desculpa se nao comenta tanto como devia... nao tenho tido muito tempo para visitar blogs ;) abraço***

► JOTA ENE ◄ disse...

ººº
Poesia bem intensa, como é habitual neste cantinho!

Anônimo disse...

Texto forte carregado de muita emoção...de bastante rancor pela dor causada.
bjs, e boa semana!

pslaninha disse...

Estranho ler seus poemas e me imaginar compondo-os. Sua rima se parece com a minha,minha forma de pensar se iguala a sua.. Amei!

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